Logo que estreou “Sherlock Holmes” nos cinemas fui assistir. Quem me conhece sabe que sou aquele tipo de pessoa totalmente influenciada pelo “bonequinho da crítica”. Confio plenamente na opinião desses especialistas na 7ª arte. Assim, fui assistir a “Sherlock Holmes” com vários pés atrás, já que tinha lido que o diretor do filme transformou o personagem mais inteligente da literatura em um tipinho parecido com JAMES BOND!! Mas... como meu noivo e meus amigos queriam assisti-lo, fui sem reclamar. Qual foi minha surpresa ao me deparar com Robert Downey Junior encarnando um Dr. Holmes perspicaz, observador, irônico, cientista e muito culto! É claro que, no filme, há muitas cenas de ação, com Sherlock Holmes e seu caro Watson lutando com homens gigantescos, porém acho que a essência permaneceu. Sim, o detetive e seu assistente continuaram com uma inteligência fora do comum. Saí, então, do cinema aliviada pelo filme não corresponder às minhas péssimas expectativas e, principalmente, pelo culto feito à inteligência. Em uma sociedade que se põe a beleza a cima de tudo, é bom perceber como a inteligência e a cultura são charmosas e atraentes. Não pude deixar de me lembrar de nosso poetinha Vinícius de Moraes, mulherengo incondicional, que dizia mais ou menos assim: “As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”. Agora, eu que peço desculpas a Vinícius, mas terei que parodiá-lo, colocando sua célebre frase sob a ótica feminina: “Os burros que me perdoem, mas inteligência é fundamental”.
Obs 1: Acho que Vinícius me perdoaria, pois, afinal, ele era muito inteligente e, por isso, estaria incluído na frase.
Obs 2: A quem ainda não assistiu a “Sherlock Holmes”, eu recomendo!