terça-feira, 11 de agosto de 2009

"Coronel de merda" e "cangaceiro de 3ª"

Assumo que minha memória é seletiva demais, isto é, só me lembro de informações que realmente considero importantes ou que, por algum motivo, me marcaram (acho que isso é um eufemismo para não ficar evidente a minha falta de memória...rs...). Fico impressionada com a boa memória de alguns amigos meus: fórmulas de matemática, física e química; datas históricas; nomes de atores e de filmes...

Bom, digo isto para explicar a busca no Google que fiz há alguns minutos atrás: quais são as funções atribuídas aos senadores brasileiros, ou seja, em que consiste o trabalho deles? É claro que, apesar da minha memória, não sou nenhuma alienada e tinha uma certa noção do que iria encontrar – “Legislar, fazer e aprovar leis, defender o interesse de seus Estados e fiscalizar as ações do Executivo” (site do Yahoo). O que me fez ficar na dúvida sobre a relevância do papel dos senadores na Política Brasileira e que, consequentemente, motivou minha pesquisa foram as reportagens e notícias a que assisto, perplexa, pelos noticiários. Os nossos senadores estão, acho que desde o início do ano ou mais, ocupadíssimos com as CPIs, com o jogo de empurra-empurra, com acusações e defesas, com a saída de Sarney etc etc etc. O problema é que o que eles discutem é indiscutível. Todos sabem que ali ninguém é inocente e correto (uso estas palavras para não parecer cruel demais), todos querem defender seus próprios interesses. Se todos sabem disso, então por que discutir? A resposta é fácil: o que vemos nestas discussões acerca da honestidade alheia é a famosa arte de ludibriar.


É inegável que acusações de corrupção devem ser investigadas e, se comprovadas, os responsáveis devem ser punidos severamente. Mas tem que haver um limite de tempo para essas investigações (não se pode durar o ano INTEIRO) e tem que haver RESULTADO. Se ficar provado que um político fez algo de errado – seja o que for- tem que ser julgado como qualquer outra pessoa e nunca mais colocar os pés em Brasília, ponto final. O que me intriga é o seguinte: se os senadores vão para a Câmara decidir quem é inocente ou não, quando eles têm tempo para “legislar, fazer e aprovar leis”?

Beijinhos

2 comentários:

  1. Vc começo falando sobre a memória seletiva... mas acho q no geral o brasileiro tem memória fraca.
    Prova disto é Collor ter sido eleito senador e ter a petulancia de defender Sarney no Congresso...
    No geral diria q estamos ferrados!!! Prometo a mim mesmo não votar no PSDB pq vi o nosso país sendo vendido pouco a pouco... agora vejo um país economicamente falando, em excelente estado com o PT, em contra-partida (é assim mesmo?) a corrupção não ficou tão descarada como está...
    Em quem votaremos?

    ResponderExcluir
  2. Realmente é assustador ver o Collor novamente em Brasília. Não sei o que me assusta mais: se a cara de pau dele ou se a falta de memório do povo que o elegeu novamente.
    Sempre fui petista, por isso concordo com você: PSDB jamais!!

    ResponderExcluir